sábado, 28 de agosto de 2010

Trabalho de Força com Potência - Norton Cassol

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Uma unidade de treino objetivando a montagem de um 
1-4-4-2 com duas linhas de quatro jogadores, marcando em zona

Modelo de Unidade de Treino

Esse artigo tem por objetivo detalhar de forma um pouco mais aprofundada a Unidade de Treino disponível para download (abaixo), acrescentar algumas informações que não estão presentes ao lado dos exercícios. Mais uma vez cabe destacar que se trata de uma Unidade de Treino aplicada na segunda quinzena do terceiro mês de trabalho (portanto já durante a competição) e está integrada a um processo que se iniciou no primeiro dia do trabalho com a equipe. 
 


Como as possibilidades da estruturação do Modelo de Jogo são quase que infinitas e cada treinador irá se deparar com uma realidade, a ideia da apresentação dessa pequena parte do trabalho é sugerir alguns caminhos e iniciar alguns conflitos na forma de perspectivar o treinamento, para que cada um crie sua forma de trabalhar de acordo com as convicções que carrega.

- O Modelo de Jogo
Basicamente, nos quatro grandes momentos do jogo, esse é o comportamento a ser potencializado nas atividades:
- Organização defensiva: impedir a progressão do adversário;
- Transição ofensiva: tirar a bola da zona de pressão;
- Organização ofensiva: progredir de forma apoiada ao ataque;
- Transição defensiva: recompor-se rapidamente atrás da linha da bola

- O Aquecimento
Estão propostas três atividades para o aquecimento, para que uma delas seja escolhida para a preparação dos atletas nesta sessão. Cabe ressaltar que no momento do aquecimento, o grupo já está reunido há algum tempo, teve uma conversa inicial com o treinador e a sessão de treino está em andamento, por isso o enfoque no aquecimento é de uma atividade introdutória e que terá relação com o conteúdo a ser desenvolvido em seguida.
Note que nas três atividades, os atletas estão passando por situações problema similares às que serão propostas na seqüência. Somando-se o tempo que os atletas reúnem-se com o treinador, mais um tempo aproximado de 15 minutos para o aquecimento, tem-se em torno de meia hora destinada a este momento do treino.

- Exercício 1
Com o estreitamento do campo de jogo, a distribuição dos cones e a pontuação na “zona azul”, há uma tendência para a dinamização do jogo mais em profundidade do que em largura. Princípios estruturais como a profundidade (ataque) e o bloco (defesa) aparecem como meios devido à exigência da atividade.

- Exercícios 2 e 3
Essa atividade proporciona a utilização de toda a largura em meio campo, potencializando alguns princípios estruturais como a amplitude (para quem ataca) e o equilíbrio vertical (para quem defende). Inclusive, o posicionamento dos cones amarelos indica bem essa questão.
A “zona azul” inserida no “Exercício 3” cria novas problematizações para a atividade, pois a tentativa de invasão na mesma faz com que a gestão do espaço para ambas equipes se altere sensivelmente.

- Exercícios 4 e 5
Com a aproximação do desenho pretendido, o número de atletas bem próximo do jogo formal e o espaço pouco maior que meio campo, essa atividade visa à intensificação (não intensidade) do cumprimento dos objetivos obrigando as equipes a se ajustarem rapidamente aos estímulos do adversário.
No “Exercício 5” foi colocada uma regra que em princípio parece em desacordo com o Modelo de Jogo da equipe, porém esse tipo de alteração, numa perspectiva sistêmica, gerará alguns comportamentos que podem ser importantes para o desenvolvimento do jogar da equipe, inclusive com o aparecimento de novos problemas a serem resolvidos.

Algumas informações são importantes sobre a Unidade de Treino:
- o tempo total de treino foi de duas horas (conversa com o treinador + aquecimento + parte central);

- esse treinamento foi realizado numa quinta-feira em uma semana com jogos aos domingos;

- os deslocamentos de um dos atletas (escolhido aleatoriamente) foi mensurado com GPS e os dados apontam para uma especificidade excelente;

- a frequência cardíaca também foi aferida em alguns atletas (inclusive o atleta que portava o GPS) durante todo o treinamento;

- a quantidade de esforços anaeróbios láticos e aláticos durante a parte central (uma hora e meia) foi superior àquela referida por inúmeros autores que estudam as características do jogo de futebol, apontando para o fato de que com um processo bem estruturado, é possível manipular a performance dos jogadores no jogo.

TREINAMENTO FUNCIONAL

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

JEAN COVA - TREINAMENTO DE FORÇA E VELOCIDADE


ULTIMA RODADA DO PERNAMBUCANO SERIE A 2


Pesqueira já está eliminado, mas a última rodada do Campeonato Pernambucano da série A2 promete muita emoção em sua rodada final. Como todo mundo já sabe, a Águia do Agreste, já não tem mais chances de acesso neste ano, assim como o Centro Limoeirense, as outras 6 equipes brigam por duas vagas na elite do futebol pernambucano, vamos explicar as chances de cada uma dessas equipes, começando pelo grupo 2: O líder Timbaúba tem 9 pts e saldo 4, classifica com uma vitória sobre Pesqueira, desde que o América não vença o Chã Grande/Decisão por mais de 2 gols além da sua vitória, o América para classificar, tem que vencer o Chã Grande e torcer pelo empate entre Pesqueira x Timbaúba, ou vencer por mais de 2 gols de diferença em relação aos timbaúbenses, O Chã Grande que ainda tem chances, precisa vencer o América em casa Por 6 gols de diferença e torcer pelo menos por um empate do Timbaúba, em caso de derrota dos timbaúbenses, uma vitória simples dá o acesso ao Decisão. No grupo 3, a situação é muito parecida, o líder Petrolina, consegue o acesso com uma vitória, desde que o Olinda não vença por mais de 3 gols de diferença em relação a sua vitória, o Olinda precisa de mais de 3 gols em relação aos sertanejos, o Belo Jardim, que ainda tem chances, tem que vencer o Petrolina no sertão e torcer por uma derrota do Olinda para o Centro. 

Classificação série A2
GRUP0 2 PG J V E D GP GC SG
1 Timbaúba 9 5 3 0 2 7 3 4
2 América 9 5 3 0 2 7 5 2
3 Chã Grande/Decisão 7 5 2 1 2 5 7 -2
4 Pesqueira 4 5 1 1 3 3 7 -4

GRUPO 3 PG J V E D GP GC SG
1 Petrolina 9 5 3 0 2 11 4 7
2 Olinda 9 5 3 0 2 10 6 4
3 Belo Jardim 7 5 2 1 2 5 12 -7
4 Centro Limoeirense 4 5 1 1 3 3 7 -4

Próxima rodada: Grupo 2: Chã Grande x América e Pesqueira x Timbaúba.

Grupo 3: Petrolina x Belo Jardim e Centro x Olinda.
A saga da bioquímica do exercício em exercício continua: as análises de sangue no futebol
No futebol profissional, a pesquisa de marcadores sanguíneos ainda é um magnífico campo a ser explorado


Fernando Catanho


Olá caríssimos leitores e leitoras,
Depois de um tempo para deglutir as informações discutidas no último texto, estamos de volta. Pois bem, que venha a discussão, marejados pelo espírito da gloriosa Copa de Mundo da África!
No último manuscrito apresentamos a discussão da bioquímica DO exercício EM exercício. Iniciamos o questionamento do quanto daquilo que tem sido discutido na teoria e que tem encontrado real espaço de aplicação na prática. A partir deste manuscrito, passaremos então a pontuar com mais detalhes algumas destas aplicabilidades práticas futebolísticas embasadas na teoria bioquímico-fisiológica.
Pontuemos inicialmente as análises sanguíneas no futebol. Que fantástica possibilidade, mas com certa dificuldade de aplicação! Por quê?
A análise de marcadores sanguíneos na atividade física, de maneira geral, data de algum tempo atrás, mais especificamente início da década de 1980, com um trabalho que analisou o efeito do treinamento aeróbio nos hormônios de estresse em mulheres (Skrinar et al., 1983). Porém, no apaixonante futebol, os desbravadores iniciaram a utilização sistemática de marcadores sanguíneos de estresse muscular e metabólico há aproximadamente 10 anos atrás, impulsionados, dentre outros, pela Dra. Denise Vaz de Macedo, coordenadora do Laboratório de Bioquímica do Exercício (LABEX), situado na Unicamp. Logo, podemos considerar uma ferramenta de trabalho bastante recente.
Pois bem, essa incipiência científica nos direciona, basicamente, para duas vertentes: um magnífico campo ainda a ser explorado em conjunto ao receio dos dirigentes e dos próprios atletas em relação à utilização desta ferramenta de trabalho. Como fazer do magnífico o viés reinante neste “duelo”? Está em nossas mãos, distintos leitores e leitoras!
Primeiramente: estabelecer critérios. Sair loucamente coletando sangue dos atletas, para todo e qualquer tipo de análise, todos os dias, sem dar satisfação aos demais integrantes da comissão técnica e aos atletas não irá resolver a situação, definitivamente. Talvez crie outro problema. Nesse sentido, os critérios aos quais me refiro são:


1. Escolha dos marcadores (que tipo de fenômeno fisiológico está querendo se investigar?);
2. Escolha do momento de coleta (antes, durante, imediatamente após, 24h, 48h após a sessão de treinamento?);
3. Escolha do momento da periodização em que a coleta será feita (período preparatório, pré-competitivo, competitivo, transitório);
4. Escolha dos atletas que serão investigados (grupo todo, somente aqueles que estão no departamento médico?);
5. Escolha de quantas vezes as coletas serão feitas ao longo da temporada (duas, três, quatro, mensalmente?);
6. Escolha de um momento para apresentar aos integrantes da comissão técnica (técnico, preparador físico, fisioterapeuta, médicos, massagistas, etc) os resultados obtidos, além das atitudes práticas que serão tomadas a partir de então.
De todos os pontos apresentados acima, destaquemos inicialmente o ponto 1. Saber o que será analisado é fundamental. Atualmente têm-se dado bastante ênfase aos marcadores de lesão muscular, em especial a atividade da enzima Creatina Quinase (CK) no plasma. Além deste, marcadores sanguíneos de inflamação tecidual sistêmica (Proteína C-reativa – PCR, contagem total e diferencial de leucócitos), estresse metabólico (uréia, creatinina), estado de hidratação e adaptação aeróbia (hematócrito, contagem de hemáceas e concentração de hemoglobina) e poder antioxidante (ácido úrico, FRAP, enzimas antioxidantes) também têm sido investigados. Analisaremos cada um destes marcadores em nosso próximo encontro literário digníssimos leitores e leitoras!
Secundariamente, continuando a discussão iniciada acima: a partir dos dados coletados, tabulados e interpretados, dar um retorno aos atletas, individualmente. Isso se torna fundamental, de forma a criar uma consciência nos mesmos sobre a importância e a aplicabilidade deste tipo de ferramenta no esporte bretão. Nesse sentido, tentar trazer os atletas para “o lado” da fisiologia, de forma a contar com o apoio e a colaboração dos mesmos em todos os momentos em que a análise dos marcadores sanguíneos se fizer necessária. Para tanto, o entendimento dos fenômenos biológicos que estão por trás dos marcadores sanguíneos, por parte do fisiologista, se faz fundamental! Esse quesito reforça o próprio critério 1 apresentado acima.
Aquele que explica o que está fazendo, tem consciência de onde quer chegar!
Por enquanto é isso. Despeço-me de vocês parafraseando um amigo, fisiologista do futebol, que pondera sempre a necessidade em transformar informações em atitudes práticas. Do que vale uma enormidade de dados nas mãos se o aproveitamento dos mesmos é falho? Façamos valer esse dito para os marcadores sanguíneos!
Forte abraço destemidos leitores e leitoras! Até breve!
SKRINAR, G.S.; INGRAM, S.P.; PANDOLF, K.B. Effect of endurance training on perceived exertion and stress hormones in women. Percept Mot Skills. v.57, p.1239-1250, 1983.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010


RETIRADA DE PRESSÃO


Exercício que consiste em realizar uma pequena circulação, seguida de uma retirada de pressão no jogador que esta como referência.

Ao haver essa retirada se inicia um processo de organização ofensiva com circulação de quem fez a virada. A equipe que no caso for defender, deve valorizar um quadrado e utilizar a zona pressionante ou a marcação por zona, de acordo com os objetivos do treinador.

FONTE: www. Periodizacaotatica.blogspot.com