quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ypiranga vence por 1 x 0 CSP da Paraíba em mais um amistoso

O Ypiranga do técnico Adelmo Soares realizou mais um amistoso esta noite em Santa Cruz do capibaripe no estádio Otávio Limeira diante do CSP da Paraíba e venceu por
1x0 com gol do atacante Candinho.

Na primeira etapa o técnico Adelmo usou a seguinte formação:

Geday;Ailton,Sidney,Everton,Evanilson,Márcio,Souza,Alemão,Cristiano,Miller e Nino Guerreiro.

Já na segunda etapa colocou:

Igor,Marcelo,Anderson,Diguinho,Novito,Jair,Diogo,Ila,Candinho,Gil e Felipe espada 

Os destaques da partida foram o atacante Candinho e o meia Miller.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Máquina costura outro adversário em jogo treino

Jogando em Santa Cruz do Capibaribe, a equipe do Ypiranga venceu pelo placar de 6x0 a seleção de Paulista. Os gols foram marcados por Sidney,Souza,Cristiano,Nino Guerreiro,Miller e Candinho. A Máquina jogou com Igor,Ailton,Sidney e Everton,Evanilson,Alemão,Souza e Marcio,Miller,Cristiano e Nino Guerreiro.

O preparador físico do clube Artur Leonardo destacou a evolução física do time. “Existiu uma evolução da parte física e o entrosamento da equipe do primeiro para o segundo jogo foi consideravelmente notada”, comentou Artur ao Caruaruonline.

O próximo jogo treino será dia 29, porém a direção ainda não informou o adversário.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Ypiranga vence seu primeiro jogo treino


A máquina realizou em Santa Cruz do Capibaribe seu primeiro jogo-treino contra a seleção de Escada e venceu pelo placar de 6x1. O treinador Adelmo Soares junto com seu preparador físico Artur Leonardo, prometem um grande trabalho para o pernambucano 2011.
A equipe do Ypiranga foi formada por: Geday,Ailton,Everton,Sidney,Evanilson,Alemão,Marcio,Souza,Renato,Cristiano e Nino Guerreiro. Os tentos foram anotados por Nino Guerreiro(três vezes), Renato, Gil e Miller.
O próximo jogo-treino será no dia 23 contra a seleção de Paulista.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Nutrindo o futebolista no dia do jogo: como melhorar o desempenho?

Muitos atletas do futebol não fazem ideia da importância que uma boa alimentação, principalmente no dia do jogo, pode trazer de benefício para seu rendimento e recuperação. Por isso, refeições bem planejadas no dia do jogo poderão surtir bons resultados. 

Mas deve-se lembrar que uma dieta equilibrada durante toda a pré-temporada é tão ou até mais importante quanto à dieta do dia. Porém, vamos focar em alguns aspectos da nutrição no dia do jogo:

Antes do jogo
O objetivo é melhorar a recuperação de uma semana exaustiva de treinos e abastecer o organismo para aquele jogo importante. Para que isso ocorra, devemos aumentar o estoque de glicogênio muscular e fígado (reserva de carboidratos), consumir proteínas o suficiente para reparar o tecido muscular, manter uma boa hidratação e evitar excesso de gorduras e açúcares.

O ideal é de 3 a 4 horas antes do jogo, o atleta consumir uma refeição mais consistente usando carboidratos integrais, proteínas e um pouco de gordura saudável. Incluir líquidos também, pelo menos 400 ml. Por exemplo: 

- Arroz integral com batata doce + peito de frango + salada temperada com azeite de oliva e água de coco ou;

- Lanche natural com pão integral, frios e salada + 3 castanhas + barra de cereais + suco de frutas.

E cerca de 60-90 minutos antes do jogo, completar com algo leve como: bebidas isotônicas, água de coco, frutas, etc.

Durante o jogo
O objetivo é diminuir ao máximo a perda dos estoques do corpo, de energia, de água e eletrólitos (minerais). Os atletas devem fazer reposição durante o jogo para evitar fadiga precoce e desidratação excessiva. Durante o intervalo do jogo, consumir bebidas isotônicas, água de coco ou géis de carboidratos. Para aqueles que sentem fome, podem consumir frutas.

Após o jogo
Após o jogo a intenção é recuperar os músculos, repor estoques e reidratar o organismo o mais rápido possível. A ideia é iniciar a recuperação imediatamente após o jogo com bebidas isotônicas e géis de carboidrato. Após isso, consumir pães, cereais, iogurte, frios magros, biscoitos, frutas, batata inglesa e muitos líquidos.

Nas próximas 24 horas após o jogo, caprichar no consumo de carboidratos, principalmente.

A preparação física no FC Barcelona

A preparação física no futebol vem evoluindo e sofrendo constantes transformações desde que passou a ser formalizada nas sessões de treinamento das equipes. No mundo todo, a organização do processo de treinamento desportivo também passou por modificações, que, de certa forma, influenciaram as transformações que se refletiram no futebol.

Recentemente, o responsável pela preparação física da equipe do FC Barcelona, Francisco Seirul-lo Vargas (está lá, nesse trabalho, desde 1994), em um congresso na Espanha, surpreendeu a todos (ou quase todos), e, inclusive ao renomado cientista do treinamento Jurgen Weineck – presente no evento –, em sua explanação, mostrando que em sua equipe os treinamentos “físicos” são realizados de maneira integrada aos objetivos do treinador e são elaborados para contribuir com a construção do modelo de jogo adotado pelo FC Barcelona.

Seus treinos, então, pautados no jogo a ser jogado, distinguem-se do que tradicionalmente são adotados como modelo, meios e métodos de treinamento. As avaliações dos jogadores são qualitativas, realizadas no próprio jogo. Não há RASTs, Yo-Yos, testes de velocidade de limiar de lactato, altura de salto, etc., etc., etc. A melhor avaliação – parafraseando alguns presentes no evento –, é o futebol apresentado e o resultado dos jogos.

Claro, isso não quer dizer que devamos parar tudo, jogar fora décadas de treinos, e começar novamente de outro jeito. É inegável que métodos tradicionais têm conquistado grandes resultados – isso é um fato. O que quero destacar é que, primeiro, para a contextualização de um mesmo problema, caminhos diversos podem ser adotados como solução, e, esses caminhos, em curto e médio prazo (ah, o tempo!), podem não apresentar diferenças aparentes nos resultados obtidos; segundo, já faz algum tempo que um grupo (pequeno) de pessoas aqui no Brasil (treinadores de futebol, professores, cientistas) está apontando para o caminho descrito pelo preparador físico do FC Barcelona (inclusive com maiores avanços em algumas coisas), mas como o bom capital simbólico dessas pessoas está concentrado em alguns poucos nichos, a informação acaba não se disseminando.

Sobre o primeiro “destaque”, quero dizer, apoiado em um Prêmio Nobel, o pesquisador Ilya Prigogine, que certos fenômenos precisam ser observados por um tempo, que tem que ser o tempo do “próprio fenômeno”, e não o tempo que nós damos, sem saber, para ele. Então, se por enquanto, aparentemente, caminhos diferentes têm levado a bons resultados, aguardemos pelo que virá – e aos meus olhos, ao menos o jogar do FC Barcelona já me parece bem diferente de alguns outros.

Sobre o segundo “destaque”, quero dizer, que façamos essa forma diferente da tradicional, de pensar a preparação desportiva, atingir rapidamente os alvos certos (os nossos treinadores de ponta, os preparadores físicos, os dirigentes). Nossos “pensadores da práxis” precisam ser ouvidos. Não dá para esperar o FC Barcelona ganhar mais um jogo (porque tem gente que vai acreditar, que o problema são só as “cifras”).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Nutrição Esportiva: 7 passos para ganhar massa muscular magra!

Muitos esportistas e atletas desejam um aumento de massa muscular magra, então, freqüentemente recorrem somente ao aumento no consumo de proteínas. Essa tática também ajuda, porém, não é só isso que irá garantir o sucesso, do programa.

Atente a:
1- Siga um treino intenso e regrado (não falte!) com pesos de acordo com a programação de um educador físico;

2- Adicione aos poucos de 500-1000 kcal/dia em sua alimentação. A adição deve ser gradual para acompanhar o aumento de intensidade dos treinos e evitar acúmulo de gorduras localizadas. Quando você começar a ter dificuldades em ganhar, mesmo se alimentando bem e aumentando as calorias, é hora de começar a fazer uma suplementação específica (sob orientação);
3- Aumente o consumo de alimentos ricos tanto em carboidratos como em proteínas, como por exemplo: sanduíche de atum e/ou peito de frango, macarrão ao sugo com carne moída ou frango desfiado, pão integral com queijo branco, salada com atum e batatas, etc.;
4- Escolha fontes de proteínas e carboidratos baixos em gorduras ruins (trans e saturadas);
5- Consuma gorduras boas para ajudar a alcançar as necessidades calóricas, como: azeite de oliva, oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes, amendoim, etc.), abacate, gordura de coco, etc.;
6- Consuma diversas pequenas refeições ao longo do dia, para que os músculos freqüentemente tenham aporte de energia e proteínas;
7- Garanta tempo suficiente para descanso entre os treinos e boas noites de sono.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

EX PREPARADOR FÍSICO DO VITÓRIA ACERTA COM O YPIRANGA


O Ypiranga anunciou oficialmente a contratação do preparador físico,Artur Leonard de 29 anos,com passagens em vários clubes pernambucanos como: Vera cruz ,Catende,Sete de Setembro,Central,Crato-CE,Vitória e ultimamente estava no Pesqueira no campeonato pernambucano da série A2.


Previsão de apresentação do elenco do Ypiranga para o dia 25 de Novembro deste ano.


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Soccer Training with Djair Garcia

Nutrição Esportiva: A importância das carnes na dieta dos atletas

As pessoas fisicamente ativas têm muitas dúvidas em relação ao consumo de carnes: eliminar do cardápio ou aumentar a quantidade? Uma resposta saudável: nem um, nem outro, ou seja: manter o consumo moderado diariamente.


Atletas e esportistas estão sendo atraídos por um estilo alimentar diferente. As pessoas estão mais conscientes do malefício que o excesso no consumo de alimentos gordurosos, com muito sal ou açúcar trazem à saúde, por isso mesmo, muitos eliminam as carnes do cardápio devido a essa filosofia.

Entretanto, como toda regra tem exceção, as carnes também têm sua importância na dieta e por isso não devem ser totalmente eliminadas.

Dúvidas: O que elas podem fazer por você e como escolher as melhores opções?

1º Proteínas
É fato que a dieta de pessoas ativas deve conter uma maior quantidade de proteínas, tanto para reparação de lesões das fibras musculares, quanto para pequeno fornecimento de energia durante exercícios prolongados (aminoácidos de cadeia ramificada, por ex.). A proteína contida nas carnes é mais disponível para esses objetivos, afinal, possui todos os aminoácidos necessários ao organismo, e melhor absorção deles.

2º Vitamina B12
Essa vitamina do complexo B, importante para a formação do nosso DNA e saúde neurológica, só é encontrada em alimentos de origem animal, como as carnes. Quem elimina alimentos de origem animal do cardápio, deverá fazer uma suplementação da vitamina.

3º Ferro
A forma do ferro encontrada nas carnes é mais facilmente absorvida do que a forma encontrada em vegetais. O ferro é importante no transporte de oxigênio e sua diminuição no sangue pode causar apatia, cansaço fácil e anemia.

4º Zinco
O zinco é essencial na manutenção do nosso sistema imune, saúde da pele e regulação do sistema hormonal (principalmente testosterona), então, o consumo diário de carne, mantém a concentração de zinco sempre alta no sangue.

Como escolher?
Para desfrutar dos benefícios das carnes e não ter prejuízos na saúde, você deverá sempre escolher cortes magros de carnes (tanto brancas quanto vermelhas). A carne branca é naturalmente mais magra e as gorduras do peixe, por ex., são benéficas, então, o consumo delas deverá ser maior, desde que consumidas sem pele, sem ser defumadas ou enlatadas e em preparações sem fritura e queijos amarelos. Caso sua preferência sejam as carnes vermelhas, sem problema algum também, desde que as porções sejam controladas durante o dia (elas possuem naturalmente mais gorduras ruins – as saturadas) e sejam consumidas em preparações magras (assadas, grelhadas, ao molho, cozidas, etc.).

Carnes de porco e ostras devem ser consumidos em menores quantidades, pois apesar de serem ricas em proteínas e zinco, possuem elevados níveis de gordura. Ao contrário, a carne de peru é excelente na dieta, pois é magra e rica em proteínas, ferro e zinco.
Se você ainda não concorda com as idéias acima e quer eliminar as carnes do cardápio, faça de uma maneira correta: procure orientação de um nutricionista para que ele possa adequar seus cardápios e evitar deficiências nutricionais, prejudicando sua saúde e seu desempenho no esporte.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Leandro Domingues - Recondicionamento Físico 27/05/08

Fisiologia: Utilização da cafeína como recurso ergonênico

A cafeína é um alcalóide encontrado em chás, café, refrigerantes, inibidores de apetites, analgésicos, remédios para gripe e resfriados, entre muitos outros. Sua ingestão oral é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal, atingindo seu pico de concentração no plasma entre 40 e 60 minutos.
Para que ela seja considerada como doping, é necessária uma dosagem de mais de 10 xícaras antes de uma prova esportiva, por exemplo. A cafeína consegue atravessar rapidamente a membrana celular (por ser lipossolúvel), e sua meia vida é de aproximadamente 3 a 5 horas.
A cafeína tem sido amplamente utilizada no esporte, seja em competições ou durante períodos exaustivos de treinamento. A administração desta substância pode ser feita de diversas formas, dentre as quais destacamos a administração oral, intraperitoneal, injeções subcutânea ou intramuscular e também através da aplicação de supositórios. Sua ação pode atingir todos os tecidos, pois o seu transporte é feito via corrente sangüínea, sendo posteriormente degradada e excretada pela urina (Altimari et al, 2006).
Quando utilizada em doses “corretas” (aproximadamente entre 2 a 9 mg/Kg de peso corporal), provoca aumento no estado de vigília, diminuição da sonolência, diminuição da fadiga, incremento na respiração e no metabolismo. Acredita-se que a cafeína possua mecanismos de ação central e periférica que podem desencadear importantes alterações metabólicas e fisiológicas, as quais parecem melhorar a performance atlética.
Em exercícios aeróbios, a cafeína tem aumentado o tempo de exercício até a exaustão muscular, além da diminuição da percepção de fadiga com a realização do exercício. È interessante salientar que estas melhoras na performance é devido ao aumento do sistema nervoso simpático, que aumenta a disponibilidade de ácidos graxos livres (AGL) e a lipólise, diminuindo a utilização do glicogênio e aumentando a oxidação de gordura durante o exercício.
Em exercícios de características anaeróbias, a suplementação com cafeína parece agir sobre o retículo sarcoplasmático, aumentando sua permeabilidade ao cálcio, tornando este mineral prontamente disponível para o processo de contração muscular. Vale lembrar que a cafeína parece agir melhor em fibras de contração lenta (tipo I) quando comparado com fibras do Tipo II.
Não existe a necessidade de se administrar a cafeína durante o exercício, sendo mais interessante seu uso antes. A cafeína pode permanecer no plasma até 6 horas após sua administração. Pessoas não habituadas a cafeína (ingestão diária < 50mg/Kg) têm melhores resultados quando comparadas com pessoas usuárias (> 300 mg/Kg). Estudos indicam que a ingestão da cafeína em cápsula seja mais interessante do que a administração com café.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O ALONGAMENTO ANTES, DURANTE E DEPOIS DO TREINO

"O alongamento feito antes do treinamento de força, juntamente com o aquecimento, prepara o corpo para qualquer atividade em seguida, podendo prevenir lesões, tanto musculares como articulares. No entanto, o treinamento de flexibilidade excessivo, realizado antes do treinamento de força máxima e de resistência, pode causar uma diminuição da força, prejudicando o treinamento. Os exercícios de alongamento também podem ser feitos durante o treinamento de força, como intermédio entre um exercício e outro, conforme a sua necessidade (recuperação metabólica ou relaxamento). Do mesmo modo, durante o treinamento, a flexibilidade pode ser trabalhada, através de exercícios com pré-estiramento ou por meio de trabalho excêntrico."

EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO E AS SUAS IMPLICAÇÕES NO TREINAMENTO DE FORÇA
Jociane de Carvalho
Gustavo A. Borges

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PAIXAO ADRIANO KAKA

Nutrição Esportiva: Hidratação



Todos que praticam um esporte seriamente têm objetivos, sejam eles: ganhar massa, eliminar gordura, participar de uma competição por lazer ou ganhar essa competição. A maioria desses praticantes e/ou atletas sabe que a dieta é primordial para bons resultados, então se preocupam com os carboidratos, proteínas, gorduras e até vitaminas e minerais, porém, se esquecem de um nutriente extremamente importante: a água.
A manutenção do volume de líquidos corporais é extremamente importante para o equilíbrio das funções em nosso organismo. Perdemos uma quantidade grande de líquidos nos processos fisiológicos naturais e quem faz atividade física perde muito mais através do suor durante o exercício, então, a obrigação é repor essa perda.
A desidratação causa muitos sintomas, começando pela sede. Pode causar também fadiga, pele vermelha, tontura, urina escura, cãibras, etc., então, o ideal é evitar que esses sintomas apareçam.
Recomendações: A hidratação deve ocorrer antes, durante e após a atividade. Para exercícios de até 90 minutos, o ideal é se hidratar somente com água para evitar aumento de temperatura. Passado isso, deverá ocorrer reposição de água e de energia. Exercícios com mais de três horas de duração devem fornecer líquidos para repor água, energia e eletrólitos.
Quantidades: 250-500 ml duas horas antes do exercício e 150-250 a cada 15-20 minutos de treino. Após o exercício, de 300-500 ml por hora com no mínimo 50g de glicose nas primeiras duas horas, para total recuperação do corpo.
Bons treinos!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Aeróbio Antes Ou Depois Da Musculação? Eis A Questão!


Muitas questões intrigam os praticantes e profissionais de educação física, e entre as perguntas que mais exigem respostas científicas atualmente é se correr na esteira ou pedalar na bicicleta antes do treino de força na musculação prejudica a realização das repetições deste exercício. 
Outro problema é se estes exercícios realizados depois da musculação permitem um maior gasto de energia ou uma maior queima de gordura. 
Para estudar melhor este tema, os pesquisadores da Universidade de Columbia no Canadá verificaram se o exercício aeróbio intenso ou moderado na bicicleta ergométrica quando realizado antes da musculação, reduz as repetições num exercício de força. 
Os pesquisadores Sporer e Wenger selecionaram 16 indivíduos de modalidades variadas para participarem do estudo. 
Os indivíduos foram avaliados através de testes de repetições em 3 dias diferentes. O teste na musculação consistia de 4 séries de máxima repetições, utilizando 75% da força máxima. 
Um dia os participantes do estudo não faziam treino na bicicleta ergométrica antes do teste de repetições. 72h depois faziam outro teste, porém com um treino aeróbio antes, realizado na bicicleta ergométrica. Este treino foi considerado de alta intensidade (entre 85% e 100%) pelos pesquisadores. 
Faziam 6 estímulos de pedaladas intensas de 3 minutos com 3 minutos de recuperação leve. 72 horas depois deste segundo teste, faziam o terceiro teste. Pedalavam por 36 minutos numa intensidade de 70% antes do teste de força. 
Os pesquisadores constataram que não havia diferença significativa entre um tipo de treino aeróbio ou outro (intenso ou moderado) precedendo a musculação na força de repetição máxima. 
O teste no supino não era afetado pela bicicleta, mas no leg-press a queda no número de repetições era significativa. 
Num estudo Americano publicado em 2005, Drummond fez uma pesquisa usando as seguintes comparações: musculação sem corrida antes ou depois, musculação precedendo uma corrida de 25 minutos e uma corrida de 25 minutos precedendo a musculação. 
O gasto de energia na corrida era maior quando se fazia musculação antes desta corrida, porém depois do exercício, na recuperação, o gasto de energia ou aceleração metabólica era maior no grupo da musculação realizada depois da corrida. 
Os pesquisadores encontraram também uma aceleração no metabolismo depois da musculação, quando não se fazia corrida antes ou depois. 
A percepção do esforço era mais favorável quando se fazia aeróbio antes, como se fosse uma preparação para o exercício posterior. 
Pelo verificado nestas pesquisas, deve-se ter atenção para o excessivo treino aeróbio antes, especialmente em bicicleta, para não prejudicar o exercício de força para os músculos da coxa quando este for feito depois da corrida. 
Com relação as calorias totais, somando o gasto durante e depois do exercício, não há vantagem em correr depois em comparação a correr antes da musculação. Parece que o mais importante é como o indivíduo se sente fazendo uma técnica ou outra.

sábado, 4 de setembro de 2010

Agilidade e Potência II futebol - Norton Cassol

Síndrome do excesso de treinamento (overtraining)



Atletas de alto rendimento têm sido cada vez mais exigidos fisicamente, o que têm provocado uma alta incidência de prejuízos causados a saúde dos mesmos. Neste sentido, muito tem se falado sobre a síndrome do excesso de treinamento, conhecido também como overtraining (Rohlfs et al 2005).
overtraining pode ser caracterizado por alterações metabólicas, redução daperformance, alta incidência de lesões musculares, infecções virais e bacterianas decorrentes da má funcionalidade do sistema imune, dores musculares, fadiga crônica, alterações no estado de humor, presença de fadiga constante, insônia, má alimentação, entre outros sintomas (Rohlfs et al 2005).
Rohlfs et al 2005 citam que existem fatores externos que podem desencadear em um quadro de overtraining, como um número elevado de competições durante uma temporada, intervalos de recuperação inadequados entre as sessões de treinamento, uma excessiva expectativa de resultados por parte de treinadores ou familiares, o ambiente social do atleta, problemas de caráter pessoais, más condições médicas, fatores ambientais (altitude, temperatura e umidade). Estes mesmos autores citam ainda que a síndrome do excesso de treinamento é definida como um distúrbio neuroendócrino no qual a serotonina parece ter um importante papel nesta fisiologia ao lado de outros neurotransmissores. Neste sentido, a redução do conteúdo de glicogênio muscular, e conseqüente depleção dos estoques de energia, podem estimular a oxidação intramuscular de aminoácidos de cadeia ramificada (AACR), ou seja, leucina, isoleucina e valina. Desta forma, ocorreria uma diminuição da concentração plasmática desses aminoácidos, o que facilitaria a captação hipotalâmica de triptofano livre e, conseqüentemente, promoveria uma maior síntese de serotonina (ou 5- hidroxitriptamina) a partir do triptofano, desencadeando a fadiga central e, possivelmente, a síndrome de overtraining (Rogero et al, 2005)
Outro fator que pode ser um sinalizador da síndrome é o quadro inflamatório decorrente do exercício. Quando se realiza exercícios excêntricos ou com isquemia muscular, é comum que a fibra muscular sofra uma lesão, com aumentos de enzimas e citocinas plasmáticas (resposta inflamatória moderada), que visam a recuperação e regeneração muscular (Barquilha et al, 2010; Smith, 2003; Smith, 2004). Porém, quando não se têm uma recuperação adequada, essa resposta inflamatória passa a ser sistêmica e prejudicial ao atleta, o que pode acarretar em uma síndrome do excesso de treinamento (Rogero e Tirapegui, 2003). É comum encontrar aumentos de monócitos circulantes e citocinas como TNF-alfa, IL-6 e IL-1 durante um quadro deovertraining.
Outra teoria do overtraining é a da diminuição dos níveis de glutamina plasmática em exercícios de características prolongadas, sendo que a glutamina é utilizada por vários tecidos, em especial pelas células do sistema imune. Assim, uma diminuição da glutamina plasmática circulante pode interferir negativamente na função do sistema imune, aumentando a suscetibilidade a infecções do trato respiratório superior, sendo estas freqüentemente encontradas em indivíduos com overtraining (Rogero et al, 1995).
Estudos também têm encontrado altas concentrações de cortisol, noradrenalina e adrenalina, assim como baixas concentrações de testosterona, em indivíduos com overtraining (Hoogeven et al, 1996; Hooper et al, 1995).
Questionários psicossociais têm sido utilizados como ferramentas para detecção do overtraining. Neste sentido, um dos mais utilizados é o POMS (The Profile of Mood States) que avalia componentes relacionados com humor, como a ansiedade, raiva, depressão, entre outros. Alterações dos marcadores do estado de humor são utilizados frequentemente com o diagnóstico do estado de overtraining (Hoogeven et al, 1996; Hooper et al, 1995).
É importante salientar que a recuperação de um atleta acometido por essa síndrome pode demorar cerca de seis meses (Smith, 2000).  Então, uma correta periodização do treinamento faz-se necessária para se evitar essa síndrome e evitar problemas futuros. A utilização de questionários também parece ser uma ferramenta útil na prevenção dessa síndrome, assim como a percepção do próprio atleta ou do responsável pela preparação física com relação a alterações que indiquem esse quadro. Antes de entrar em overtraining,Rogero e Tirapegui (2003) citam que ocorre um quadro anterior ao de overtraining, denominado overreaching.Nesta fase que antecedo o overtraining, a detecção dos sintomas negativos é mais fácil, assim como seu tratamento. Porém, caso não seja controlado, o estado de overreaching pode se converter em overtraining.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Treino de Coordenação no Futebol

Crioterapia e recuperação pós esforço



É comum que a prática de exercícios exaustivos causem adaptações morfológicas e/ou funcionais, podendo ocasionar em processos inflamatórios, com um acometimento de dor muscular de inicio tardio (DMIT) e/ou diminuição daperformance (Barquilha et al, 2010). Esse processo é natural do organismo, sendo uma adaptação do organismo. Porém, é comum que profissionais voltados a esportes de alta performance busquem ferramentas para acelerar a recuperação muscular dos atletas, com o intuito de diminuir o processo inflamatório, sendo que crioterapia ainda utilizado em algumas modalidades esportivas.
A crioterapia se baseia na imersão em água gelada (entre 10° a 15°), tendo o propósito de reduzir o processo inflamatório, edema (inchaço), a formação de hematoma e também reduzir a dor. O gelo age no fuso muscular e no órgão tendinoso de golgi, provocando uma redução na velocidade de condução nervosa. É importante salientar que uma sobrecarga na realização de exercícios após a crioterapia pode levar a um novo quadro de lesão muscular, devido ao fato do controle motor está com o seu limiar alterado. Estudos indicam que existe uma correlação entre dor e rigidez articular e entre dor e função, sugerindo que o alívio da dor está diretamente relacionado com ganhos da função.
Discussão
Brancaccio et al (2005) encontrou um maior aumento no número de leucócitos, neutrófilos e macrófagos em ratos treinados com lesão muscular e crioterapia (TC) quando comparado com ratos treinados sem crioterapia (TSC), além de menor edema e uma menor desorganização das fibras musculares quando comparado com o grupo TSC.
Leite et al (2009) verificou o efeito da crioterapia após a realização de uma partida de futebol, encontrando um menor aumento nos marcadores indireto de dano muscular (creatina quinase(CK), mioglobina (MB) e DOMS) e uma menor diminuição na performance muscular (salto vertical, sprint de 20ms e força isométrica). Já Selwood et al (2007) não encontraram efeito positivo da crioterapia na CK, DOMS, teste isométrico e de desempenho após a realização de um protocolo de exercícios excêntricos. Corroborando com este resultado, Goodall e Howatson (2008) também não encontraram efeito positivo da crioterapia na concentração de CK, DOMS e força isométrica após um protocolo de exercício pliométrico intenso.
Com relação a concentração de lactato, Baroni et al (2010) analisaram o efeito da crioterapia de imersão sobre a remoção do lactato sanguíneo após exercício de alta intensidade. Foi observado que a recuperação passiva apresentou decréscimo significativo da concentração de lactato enquanto o mesmo não foi verificado com a crioterapia. A crioterapia de imersão, nos parâmetros adotados pelo estudo, apresentou-se menos efetiva que repouso para a remoção do lactato sanguíneo após exercício de alta intensidade.
Estudos de revisão citam que não se pode afirmar de maneira conclusiva a eficácia do tratamento com crioterapia após a prática de uma atividade física exaustiva (Barnett, 2006). Essa afirmação é corroborada pelos resultados apresentados acima. Esses resultados contraditórios devem-se as diferentes metodologias utilizadas nas pesquisas, como temperatura e tempo de exposição ao gelo, modalidade de exercício utilizado, nível de treinamento dos voluntários, entre outras variáveis.
Cabe a cada profissional envolvido com treinamento de alto nível que tire suas próprias conclusões. Parece mais sensato que se utilize a crioterapia primeiramente em momentos não competitivos, e que se observe a resposta de cada atleta a este método, lembrando que cada organismo pode responder de uma maneira a um mesmo estimulo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Nutrição Esportiva básica !

Todas as pessoas que praticam atividade física devem mudar seus hábitos alimentares, afinal, para que possamos atingir qualquer objetivo, tão importante quanto um bom treino é a alimentação. Listo a seguir algumas dicas básicas para iniciantes na nutrição esportiva:
IMPORTANTE – Ganho de massa muscular magra e perda de gordura são resultados de uma alimentação saudável, balanceada e freqüente (3-3hrs).
* As fontes de CARBOIDRATOS (cereais, frutas, massas, batata, mandioca, pães, etc.) são os alimentos que devem estar com maior frequência em seu cardápio, afinal, são eles que fornecem energia, disposição, dão volume aos músculos (glicogênio) e participam ativamente na recuperação do corpo após os exercícios;
* As fontes de PROTEÍNAS (carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados, soja e feijões) também são muito importantes na construção e reparação dos músculos, entretanto, a necessidade desse nutriente é facilmente alcançada, então, não há necessidade do exagero no consumo desse grupo de alimentos;
* As fontes de LIPÍDIOS (azeite, oleaginosas, abacate, peixes gordurosos, sementes, leite integral, queijos amarelos, manteiga/margarina, frituras, carnes gordas, doces cremosos, etc.), devem estar em menor quantidade em seu cardápio, mas você nunca deve excluí-los por completo, afinal, as gorduras têm muitas funções essenciais no organismo e metabolismo, além de colaborar com o fornecimento de energia para o exercício e recuperação. Prefira sempre as fontes de gordura vegetal e peixes – gorduras boas;
* A ingestão de LÍQUIDOS é muito importante! Durante todo o dia, antes, durante e pós-atividade! Quanto mais líquidos você ingerir, melhor para seu metabolismo, rins e músculos. Fontes: água, suco, água de coco, sopa, iogurte, leite, gelatina, etc.;
*As pessoas que praticam atividade física ficam tão preocupadas com a ingestão de proteínas, carboidratos, etc., que se esquecem das VITAMINAS E MINERAIS. Ambos são muito importantes, afinal, organizam todo o metabolismo, ajudam na queima de gordura, aumento de síntese de proteínas, formação de energia, qualidade dos ossos e órgãos e alguns são antioxidantes. Aumente seu consumo diário de alimentos frescos e naturais como: verduras, legumes, frutas, cereais, ovos, leite e derivados, sementes, carnes e aves;
* Capriche nas refeições pré e pós-exercício, afinal, elas é que possuem nutrientes para: preparo do corpo para atividade, formação de energia, estoque de energia nos músculos, recuperação e construção de massa muscular magra. Se essas refeições forem deficientes o exercício será prejudicado, você irá se cansar facilmente e não terá bons resultados;
* Nunca acorde e permaneça em jejum por muito tempo, muito menos vá se exercitar em jejum!
* A dieta mostra resultados rápidos se aliada à atividade física disciplinada.
* Muito importante: tenha disciplina e força de vontade.
Bons treinos!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Uma unidade de treino objetivando a montagem de um 
1-4-4-2 com duas linhas de quatro jogadores, marcando em zona

Modelo de Unidade de Treino

Esse artigo tem por objetivo detalhar de forma um pouco mais aprofundada a Unidade de Treino disponível para download (abaixo), acrescentar algumas informações que não estão presentes ao lado dos exercícios. Mais uma vez cabe destacar que se trata de uma Unidade de Treino aplicada na segunda quinzena do terceiro mês de trabalho (portanto já durante a competição) e está integrada a um processo que se iniciou no primeiro dia do trabalho com a equipe. 
 


Como as possibilidades da estruturação do Modelo de Jogo são quase que infinitas e cada treinador irá se deparar com uma realidade, a ideia da apresentação dessa pequena parte do trabalho é sugerir alguns caminhos e iniciar alguns conflitos na forma de perspectivar o treinamento, para que cada um crie sua forma de trabalhar de acordo com as convicções que carrega.

- O Modelo de Jogo
Basicamente, nos quatro grandes momentos do jogo, esse é o comportamento a ser potencializado nas atividades:
- Organização defensiva: impedir a progressão do adversário;
- Transição ofensiva: tirar a bola da zona de pressão;
- Organização ofensiva: progredir de forma apoiada ao ataque;
- Transição defensiva: recompor-se rapidamente atrás da linha da bola

- O Aquecimento
Estão propostas três atividades para o aquecimento, para que uma delas seja escolhida para a preparação dos atletas nesta sessão. Cabe ressaltar que no momento do aquecimento, o grupo já está reunido há algum tempo, teve uma conversa inicial com o treinador e a sessão de treino está em andamento, por isso o enfoque no aquecimento é de uma atividade introdutória e que terá relação com o conteúdo a ser desenvolvido em seguida.
Note que nas três atividades, os atletas estão passando por situações problema similares às que serão propostas na seqüência. Somando-se o tempo que os atletas reúnem-se com o treinador, mais um tempo aproximado de 15 minutos para o aquecimento, tem-se em torno de meia hora destinada a este momento do treino.

- Exercício 1
Com o estreitamento do campo de jogo, a distribuição dos cones e a pontuação na “zona azul”, há uma tendência para a dinamização do jogo mais em profundidade do que em largura. Princípios estruturais como a profundidade (ataque) e o bloco (defesa) aparecem como meios devido à exigência da atividade.

- Exercícios 2 e 3
Essa atividade proporciona a utilização de toda a largura em meio campo, potencializando alguns princípios estruturais como a amplitude (para quem ataca) e o equilíbrio vertical (para quem defende). Inclusive, o posicionamento dos cones amarelos indica bem essa questão.
A “zona azul” inserida no “Exercício 3” cria novas problematizações para a atividade, pois a tentativa de invasão na mesma faz com que a gestão do espaço para ambas equipes se altere sensivelmente.

- Exercícios 4 e 5
Com a aproximação do desenho pretendido, o número de atletas bem próximo do jogo formal e o espaço pouco maior que meio campo, essa atividade visa à intensificação (não intensidade) do cumprimento dos objetivos obrigando as equipes a se ajustarem rapidamente aos estímulos do adversário.
No “Exercício 5” foi colocada uma regra que em princípio parece em desacordo com o Modelo de Jogo da equipe, porém esse tipo de alteração, numa perspectiva sistêmica, gerará alguns comportamentos que podem ser importantes para o desenvolvimento do jogar da equipe, inclusive com o aparecimento de novos problemas a serem resolvidos.

Algumas informações são importantes sobre a Unidade de Treino:
- o tempo total de treino foi de duas horas (conversa com o treinador + aquecimento + parte central);

- esse treinamento foi realizado numa quinta-feira em uma semana com jogos aos domingos;

- os deslocamentos de um dos atletas (escolhido aleatoriamente) foi mensurado com GPS e os dados apontam para uma especificidade excelente;

- a frequência cardíaca também foi aferida em alguns atletas (inclusive o atleta que portava o GPS) durante todo o treinamento;

- a quantidade de esforços anaeróbios láticos e aláticos durante a parte central (uma hora e meia) foi superior àquela referida por inúmeros autores que estudam as características do jogo de futebol, apontando para o fato de que com um processo bem estruturado, é possível manipular a performance dos jogadores no jogo.

TREINAMENTO FUNCIONAL

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

JEAN COVA - TREINAMENTO DE FORÇA E VELOCIDADE


ULTIMA RODADA DO PERNAMBUCANO SERIE A 2


Pesqueira já está eliminado, mas a última rodada do Campeonato Pernambucano da série A2 promete muita emoção em sua rodada final. Como todo mundo já sabe, a Águia do Agreste, já não tem mais chances de acesso neste ano, assim como o Centro Limoeirense, as outras 6 equipes brigam por duas vagas na elite do futebol pernambucano, vamos explicar as chances de cada uma dessas equipes, começando pelo grupo 2: O líder Timbaúba tem 9 pts e saldo 4, classifica com uma vitória sobre Pesqueira, desde que o América não vença o Chã Grande/Decisão por mais de 2 gols além da sua vitória, o América para classificar, tem que vencer o Chã Grande e torcer pelo empate entre Pesqueira x Timbaúba, ou vencer por mais de 2 gols de diferença em relação aos timbaúbenses, O Chã Grande que ainda tem chances, precisa vencer o América em casa Por 6 gols de diferença e torcer pelo menos por um empate do Timbaúba, em caso de derrota dos timbaúbenses, uma vitória simples dá o acesso ao Decisão. No grupo 3, a situação é muito parecida, o líder Petrolina, consegue o acesso com uma vitória, desde que o Olinda não vença por mais de 3 gols de diferença em relação a sua vitória, o Olinda precisa de mais de 3 gols em relação aos sertanejos, o Belo Jardim, que ainda tem chances, tem que vencer o Petrolina no sertão e torcer por uma derrota do Olinda para o Centro. 

Classificação série A2
GRUP0 2 PG J V E D GP GC SG
1 Timbaúba 9 5 3 0 2 7 3 4
2 América 9 5 3 0 2 7 5 2
3 Chã Grande/Decisão 7 5 2 1 2 5 7 -2
4 Pesqueira 4 5 1 1 3 3 7 -4

GRUPO 3 PG J V E D GP GC SG
1 Petrolina 9 5 3 0 2 11 4 7
2 Olinda 9 5 3 0 2 10 6 4
3 Belo Jardim 7 5 2 1 2 5 12 -7
4 Centro Limoeirense 4 5 1 1 3 3 7 -4

Próxima rodada: Grupo 2: Chã Grande x América e Pesqueira x Timbaúba.

Grupo 3: Petrolina x Belo Jardim e Centro x Olinda.
A saga da bioquímica do exercício em exercício continua: as análises de sangue no futebol
No futebol profissional, a pesquisa de marcadores sanguíneos ainda é um magnífico campo a ser explorado


Fernando Catanho


Olá caríssimos leitores e leitoras,
Depois de um tempo para deglutir as informações discutidas no último texto, estamos de volta. Pois bem, que venha a discussão, marejados pelo espírito da gloriosa Copa de Mundo da África!
No último manuscrito apresentamos a discussão da bioquímica DO exercício EM exercício. Iniciamos o questionamento do quanto daquilo que tem sido discutido na teoria e que tem encontrado real espaço de aplicação na prática. A partir deste manuscrito, passaremos então a pontuar com mais detalhes algumas destas aplicabilidades práticas futebolísticas embasadas na teoria bioquímico-fisiológica.
Pontuemos inicialmente as análises sanguíneas no futebol. Que fantástica possibilidade, mas com certa dificuldade de aplicação! Por quê?
A análise de marcadores sanguíneos na atividade física, de maneira geral, data de algum tempo atrás, mais especificamente início da década de 1980, com um trabalho que analisou o efeito do treinamento aeróbio nos hormônios de estresse em mulheres (Skrinar et al., 1983). Porém, no apaixonante futebol, os desbravadores iniciaram a utilização sistemática de marcadores sanguíneos de estresse muscular e metabólico há aproximadamente 10 anos atrás, impulsionados, dentre outros, pela Dra. Denise Vaz de Macedo, coordenadora do Laboratório de Bioquímica do Exercício (LABEX), situado na Unicamp. Logo, podemos considerar uma ferramenta de trabalho bastante recente.
Pois bem, essa incipiência científica nos direciona, basicamente, para duas vertentes: um magnífico campo ainda a ser explorado em conjunto ao receio dos dirigentes e dos próprios atletas em relação à utilização desta ferramenta de trabalho. Como fazer do magnífico o viés reinante neste “duelo”? Está em nossas mãos, distintos leitores e leitoras!
Primeiramente: estabelecer critérios. Sair loucamente coletando sangue dos atletas, para todo e qualquer tipo de análise, todos os dias, sem dar satisfação aos demais integrantes da comissão técnica e aos atletas não irá resolver a situação, definitivamente. Talvez crie outro problema. Nesse sentido, os critérios aos quais me refiro são:


1. Escolha dos marcadores (que tipo de fenômeno fisiológico está querendo se investigar?);
2. Escolha do momento de coleta (antes, durante, imediatamente após, 24h, 48h após a sessão de treinamento?);
3. Escolha do momento da periodização em que a coleta será feita (período preparatório, pré-competitivo, competitivo, transitório);
4. Escolha dos atletas que serão investigados (grupo todo, somente aqueles que estão no departamento médico?);
5. Escolha de quantas vezes as coletas serão feitas ao longo da temporada (duas, três, quatro, mensalmente?);
6. Escolha de um momento para apresentar aos integrantes da comissão técnica (técnico, preparador físico, fisioterapeuta, médicos, massagistas, etc) os resultados obtidos, além das atitudes práticas que serão tomadas a partir de então.
De todos os pontos apresentados acima, destaquemos inicialmente o ponto 1. Saber o que será analisado é fundamental. Atualmente têm-se dado bastante ênfase aos marcadores de lesão muscular, em especial a atividade da enzima Creatina Quinase (CK) no plasma. Além deste, marcadores sanguíneos de inflamação tecidual sistêmica (Proteína C-reativa – PCR, contagem total e diferencial de leucócitos), estresse metabólico (uréia, creatinina), estado de hidratação e adaptação aeróbia (hematócrito, contagem de hemáceas e concentração de hemoglobina) e poder antioxidante (ácido úrico, FRAP, enzimas antioxidantes) também têm sido investigados. Analisaremos cada um destes marcadores em nosso próximo encontro literário digníssimos leitores e leitoras!
Secundariamente, continuando a discussão iniciada acima: a partir dos dados coletados, tabulados e interpretados, dar um retorno aos atletas, individualmente. Isso se torna fundamental, de forma a criar uma consciência nos mesmos sobre a importância e a aplicabilidade deste tipo de ferramenta no esporte bretão. Nesse sentido, tentar trazer os atletas para “o lado” da fisiologia, de forma a contar com o apoio e a colaboração dos mesmos em todos os momentos em que a análise dos marcadores sanguíneos se fizer necessária. Para tanto, o entendimento dos fenômenos biológicos que estão por trás dos marcadores sanguíneos, por parte do fisiologista, se faz fundamental! Esse quesito reforça o próprio critério 1 apresentado acima.
Aquele que explica o que está fazendo, tem consciência de onde quer chegar!
Por enquanto é isso. Despeço-me de vocês parafraseando um amigo, fisiologista do futebol, que pondera sempre a necessidade em transformar informações em atitudes práticas. Do que vale uma enormidade de dados nas mãos se o aproveitamento dos mesmos é falho? Façamos valer esse dito para os marcadores sanguíneos!
Forte abraço destemidos leitores e leitoras! Até breve!
SKRINAR, G.S.; INGRAM, S.P.; PANDOLF, K.B. Effect of endurance training on perceived exertion and stress hormones in women. Percept Mot Skills. v.57, p.1239-1250, 1983.