domingo, 18 de setembro de 2011

Altinho faz 3 a 0 e avança para as semifinais

No primeiro tempo o Altinho teve o domínio absoluto do jogo, conseguindo tanto pela direita e pela esquerda, não tomando conhecimento da frágil defesa do Forma Talentos de Caruaru, que se aventurava pouco ao ataque utilizando somente bolas alçadas na área, que não levava perigo algum ao goleiro Elias.
Com o domínio absoluto do meio campo Altinho levava muito perigo, principalmente nas investidas dos atacantes Lecha e Vandinho.
Aos 12 minutos o excelente goleiro do Forma Talentos Felipe torceu o tornozelo e teve de ser substituído. Não tendo um substituto na reserva o meio campo camisa 8 Eduardo Alves foi para o gol, o que tornou a partida um pouco mais fácil.
Aos 16 minutos Lecha invade a área pela direita e mete forte cruzado, 1 a 0 Altinho.
Não demorou muito e logo aos 20, em mais uma investida do atacante Lecha, que acabou se enrolando com a bola, Elder aproveito a confusão e marcou o 2º, 2 a 0 Altinho a um passo a classificação.

Na etapa complementar, o Forma Talento pareceu um pouco mais agressivo, mas ainda tinha muitos problemas no sistema defensivo que era facilmente penetrado pela equipe alvo-rubro.
Logo aos 10 minutos, aproveitando um bate e rebate de um escanteio cobrado da esquerda, Valdir faz o 3º, o que praticamente classificava Altinho para a próxima fase.
A partir daí os dois times pouco aventuraram ao ataque, tornam o jogo um pouco mais monótono, com raras exceções, por exemplo: no chutasso de Elder que explodiu no travessão. Um destaque especial na partida era a torcida, do presidente do Altinense, Neném, que acompanhava o jogo conosco na lateral do campo.
Ainda deu tempo do juizão, que havia disparado vários cartões amarelo ao time de Altinho, expulsar o lateral esquerdo Valdir, que depois de se enrolar com o atacantes do Forma Talentos deixou os pés no mesmo, merecendo de fato vermelho, dando números finais a partida.


Ficha Técnica:
Data: 17/09/2011 – Políbio Lemos (Altinho/PE)
Altinho 3 X 0 Forma Talentos
Juiz: André Monteiro – Auxiliares: Sandoval Alves e Leonardo Fernando dos Santos
Gols:
Lecha 16 e Elder 20 do 1º e Valdir 10 do 2º.
Cartões-Amarelo: Altinho (Robson, Pequeno, Vandinho e Nim)
Cartão-Vermelho: Altinho (Valdir)
Altinho: Elias; Dunga, Nim, Aldomar, Valdir; Naldo, Pequeno (Jefferson), Boneco (Robson), Elder (Anderson José); Vandinho (Jadson) e Lecha (Johne); Técnico: Arthur Leonardo.
Forma Talentos: Felipe (Bruno); Eraldo (Anderson Francisco), Ryann (Abel), Lucas , Allan (Jonatas); Alevison (Matheus), Wesley, Eduardo Alves; Paulista, Jefferson e João Rafael; Técnico: Ridelson Morato.

sábado, 10 de setembro de 2011

Futebol: A preparação física nas equipes amadoras

O futebol e uma das modalidades de maior desgaste físico dentre os esportes. No jogo de futebol (em qualquer nível) o treinamento e condicionamento físico são fundamentais.
São poucos os esportes que se pratica em tamanha área e tempo sem intervalo.
Em equipes não profissionais a preparação física e muito difícil de ser treinada, pois não existe período entre treinos e os atletas não têm responsabilidade alguma em questão do treinar.
No treinamento físico do futebol são treinadas diversas valências que são utilizadas no jogo em si, de acordo com Dantas, 2003 são:
Resistência: é a qualidade física que permite ao corpo suportar um esforço de determinada intensidade durante um certo tempo. A resistência apresenta-se de três formas:
  • Resistência aeróbia: é aquela cuja principal característica e apresentar uma intensidade pequena e um volume grande, ou seja, um longo tempo na execução da atividade. É de manifestação global no organismo.
  • Resistência anaeróbia: é aquela observada na realização de exercícios de alta intensidade e, por conseqüência de pequena duração. Ocorre também de forma sistêmica.
  • Resistência Muscular localizada (RML): observa-se ao nível muscular ou de grupo muscular e refere-se a capacidade deste grupo ou músculo de suportar repetidas contrações.
Força: Qualidade que permite a um músculo ou grupo muscular opor-se a uma resistência. Possui três tipos distintos:
  • Força dinâmica: tipo de qualidade na qual a força muscular se diferencia da resistência, produzindo movimento.
  • Força estática: ocorre quando a força muscular se igual a resistência, não havendo, Por tanto, movimento.
  • Força de explosão (ou potencia): é a conjugação de força e velocidade; pode-se apresentar como predominância de força, ou com predominância de velocidade. Não e classificada como qualidade física derivada, por apresentar especificidade na metodologia de treinamento. Tem uma participação tão importante nos desportos que habilita a ser considerada dentre as qualidades de forma física.
Flexibilidade: Qualidade física expressa pela maior amplitude possivel de movimento voluntario de uma articulação ou combinações de articulações num determinado sentido, dentro dos limites morfológicos e sem provocar lesões.
Coordenação: Capacidade de realizar movimentos de forma ótima, com o Maximo de eficácia e economia de esforços. Mente e corpo proporcionando a combinação motora que permitira a realização de uma serie de movimentos com o Maximo de eficiência e economia.
Velocidade: Qualidade física que permite realizar a ação em menor tempo possível. Apresenta-se de duas formas:
  • Velocidade de reação: observada entre um estimulo e resposta correspondente (Exemplo: tiro e partida).
  • Velocidade de movimento: expressa pela rapidez da execução de uma contração muscular.
Agilidade: Valencia física que possibilita mudar a posição do corpo ou a direção do movimento no menor tempo possível.
Equilíbrio: Consiste na manutenção da projeção do centro de gravidade dentro da área de superfície de apoio. Apresenta-se sobre três formas:
  • Equilíbrio dinâmico: aquele que é mantido durante o movimento
  • Equilíbrio estático: é observado em repouso
  • Equilíbrio recuperado: é o que se situa no ponto em que ocorre a transição entre o repouso e o movimento, ou movimento e repouso.
Descontração: Qualidade física eminentemente neuromuscular, oriunda da redução da tonicidade da musculatura esquelética. Apresenta-se sob duas formas:
  • Descontração total: quando o relaxamento da musculatura esquelética acontece de forma global.
  • Descontração diferencial: quando o relaxamento da musculatura ocorre durante o movimento. Nesta situação pode-se observar o músculo agonista realizando um trabalho, ao passo que o antagônico se encontra descontraído. Essa qualidade física é, basicamente, fruto de uma conscientização motórica.
Cada uma dessas qualidades físicas será exercida ao longo de qualquer programa de treinamento físico
Em equipes amadoras em diferentes freqüências de treino não e possível trabalhar todas estas valências físicas especificamente, mas e preciso trabalhar elas de forma geral
Preparação física na pré-temporada
O treinamento na pré temporada em equipes profissionais divide-se em 50% físico (trabalhando todas as valências acima citadas), 30% tático (trabalhando jogadas ensaiadas, bolas paradas marcação, defesa e ataque), 20% técnico (trabalhando todos os fundamentos), mas em equipes amadoras estes números têm que ser muito bem divididos, pois existe limite de tempo e baixa freqüência de treinos para trabalhar cada uma valencia separadamente
  • Atletas que treinam uma vez por semana:
Estes atletas pela freqüência maior de treino devem ser expostos a trabalhos físicos sem bola, querendo ou não o treino será de longa duração podendo assim trabalhar o condicionamento físico separado de outros tipos de treino onde o desenvolvimento e muito maior do que em trabalhos mesclados, sempre no final dos treinos devem ser estimulados coletivos que trabalham todas as valências físicas e ao mesmo tempo deixam os treinos mais descontraídos.
  • Atletas que treinam uma vez a cada duas semanas:
Estes atletas têm uma freqüência menor de treino então os trabalhos devem ser mesclados, ou seja, físico com técnico ou tático ou então somente físico, mas trabalhando mais de uma valencia (resistência aeróbica e velocidade de movimentação por exemplo).
Preparação física na fase de Competição
O treinamento na fase de competição em equipes profissionais divide-se em 20% físico (trabalhando todas as valências acima citadas), 40% tático (trabalhando jogadas ensaiadas, bolas paradas marcação, defesa e ataque), 40% técnico (trabalhando todos os fundamentos), mas em equipes amadoras estes números têm que ser muito bem divididos, pois como acima, existe limite de tempo e baixa freqüência de treinos para trabalhar cada uma valencia separadamente.
  • Atletas que treinam uma vez por semana (competição uma vez por semana):
Estes atletas devem ser estimulados a trabalhos sempre mesclados e nunca esquecendo o treino físico dentre esta mistura, as valências físicas dificilmente serão altamente desenvolvidas nesta época pois o desgaste físico na jogo e levado muito em consideração. Mas sempre ao final dos treinos estimulando o jogo coletivo para trabalhar a pratica do futebol em si e descontrair o treino.
  • Atletas que treinam uma vez a cada duas semanas (competição uma vez por semana):
Estes atletas dificilmente iram treinar a preparação física neste período, mas nos treinos que acontecem as preparações táticas e técnicas estas devem ser sempre de movimentação para estimular o condicionamento físico dos atletas, após isso a utilização de jogos coletivos irão estimular ainda mais as qualidades físicas, básica e especifica dos atletas.
No período de competição os treinos, principalmente em equipes amadoras, devem levar em consideração o desgaste no dia da competição (fadigas acumuladas, lesões musculares), utilizando de treinos de recuperação e se não for possível um treino de descanso, para que assim obtenha-se a forma física total do atleta para o jogo.
Em equipes amadoras deve ser estimulada a pratica de exercícios fora dos treinos, ao longo da semana, e também a criação de uma planilha de treinamento individual, com prescrição do tipo de exercício físico, microciclos, mesociclo, carga externa e interna, volume intensidade de carga de treino, alem é claro de serem estimulados a praticar os exercícios prescritos. Assim os atletas terão um desenvolvimento otimizado fora dos treinos.

A preparação física no futebol em qualquer categoria não pode ser excluída, pois o futebol tem características peculiares, jogadores em uma partida chegam a percorrer em media 10,0 km. No futebol amador a preparação física quase não existe, mas isso pode mudar quando as equipes começarem a entender que todos têm vontade de vencer, mas são poucos quem tem vontade de se preparar para vencer, assim disse Paul Bryant.


Referencias:
DANTAS, Estélio H. M. – A pratica da preparação física. Rio de Janeiro, Shape, 2003.
BOMPA, Tudor O. – Periodization – Theory and Methodology of Training. São Paulo, Phorte editor, 2002